Ao som de “Clarisse” (Legião Urbana) enquanto lia Vinicius de Moraes, tendo como companhia apenas a mariana (rasga saco), me lembrei de súbito do meu grilo falante (!o!), a dizer-me, olhando nos olhos: “não confio, apesar de gostar, em quem escrevi poesia!”. NOoOoOSsSsSsAaAaAaA! Um direto no queixo, Tyson se orgulharia! Fato, o que seria do mundo sem os loucos, as crianças e os boêmios? E de todos nós (igualmente loucos, nem tão boêmios mas com certeza crianças) sem os poetas? Quem poderia com cirúrgica precisão traduzir, os pensamentos nunca ditos, o sentir mais impossível ou mesmo o possível? Quem, a não ser, um louco que ama devotadamente, um boêmio que ludicamente (ou seria lucidamente?) busca entender a alma feminina e a criança que com olhar gentil e suas tolices sempre nos emocionam e fazem rir. Um poeta é um ser, um homem por assim dizer, que: a) nos faz rir (criança) com suas condutas tão impróprias que chegam mesmo a serem perdoáveis, nos faz chorar com seus versos sinceros que traduzem os mais íntimos anelos e desejos, quem nunca usou versos de um poeta (ainda que mero e qualquer) para ao menos tentar traduzir o indecifrável. b) que nos aconselha nos momentos de crise (boêmio) e sempre está ali pronto e disposto a nos escutar, que oferece aos amigos (as) a beira de um ataque de nervos a saída perfeita (vamos pro bar), para afogar as magoas, celebrar ou recomeçar a vida, que nos transporta a um mundo possível, onde as mulheres (principalmente) não são assim tão insensíveis, cruéis, complicadas e perfeitinhas. c) que não mede esforços para amar, que não tem medidas ou pudores, que se entrega sem olhar a queda livre do precipício que é confiar, apenas ele (o louco) renuncia a si para entregar-se gratuitamente a uma estranha e dividir sua vida inteira. Isto posto, meu adorável grilo falante, confie mais em nós – os poetas – entenda que pra ser poeta tem de ter a alma leve (ainda que pecadora), deves amar verdadeiramente (ainda que todas as mulheres do mundo), nada poderá deter-lhe (talvez apenas, os favores de um donzela)... é (pensando bem) deixa pra lá, você tem razão! Ser confiável não é mesmo um traço poético (espero que me perdoem). (risos)
domingo, 25 de abril de 2010
divagando
Ao som de “Clarisse” (Legião Urbana) enquanto lia Vinicius de Moraes, tendo como companhia apenas a mariana (rasga saco), me lembrei de súbito do meu grilo falante (!o!), a dizer-me, olhando nos olhos: “não confio, apesar de gostar, em quem escrevi poesia!”. NOoOoOSsSsSsAaAaAaA! Um direto no queixo, Tyson se orgulharia! Fato, o que seria do mundo sem os loucos, as crianças e os boêmios? E de todos nós (igualmente loucos, nem tão boêmios mas com certeza crianças) sem os poetas? Quem poderia com cirúrgica precisão traduzir, os pensamentos nunca ditos, o sentir mais impossível ou mesmo o possível? Quem, a não ser, um louco que ama devotadamente, um boêmio que ludicamente (ou seria lucidamente?) busca entender a alma feminina e a criança que com olhar gentil e suas tolices sempre nos emocionam e fazem rir. Um poeta é um ser, um homem por assim dizer, que: a) nos faz rir (criança) com suas condutas tão impróprias que chegam mesmo a serem perdoáveis, nos faz chorar com seus versos sinceros que traduzem os mais íntimos anelos e desejos, quem nunca usou versos de um poeta (ainda que mero e qualquer) para ao menos tentar traduzir o indecifrável. b) que nos aconselha nos momentos de crise (boêmio) e sempre está ali pronto e disposto a nos escutar, que oferece aos amigos (as) a beira de um ataque de nervos a saída perfeita (vamos pro bar), para afogar as magoas, celebrar ou recomeçar a vida, que nos transporta a um mundo possível, onde as mulheres (principalmente) não são assim tão insensíveis, cruéis, complicadas e perfeitinhas. c) que não mede esforços para amar, que não tem medidas ou pudores, que se entrega sem olhar a queda livre do precipício que é confiar, apenas ele (o louco) renuncia a si para entregar-se gratuitamente a uma estranha e dividir sua vida inteira. Isto posto, meu adorável grilo falante, confie mais em nós – os poetas – entenda que pra ser poeta tem de ter a alma leve (ainda que pecadora), deves amar verdadeiramente (ainda que todas as mulheres do mundo), nada poderá deter-lhe (talvez apenas, os favores de um donzela)... é (pensando bem) deixa pra lá, você tem razão! Ser confiável não é mesmo um traço poético (espero que me perdoem). (risos)
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Bunscando o ser pelo ser.
ResponderExcluirO poeta lança-se ao mar do ufanismo em busca de soluções praticas.
Saude.
Não precisa ser confiável para ser adorável, certo?
ResponderExcluirDe coração, espero que você continue inspirado e meio louco...faltam pessoas assim em um mundo melhor.
Mas um pouco de juízo não faz mal...um que venha de dentro você (O grilo morre...alegoria que nada rsrs)
Bj