Eu bem sei – razoavelmente – o quanto o mundo anda complicado, todas as tarefas diárias e cotidianas, monotonia que sufoca e destrói sonhos antigos de liberdade, igualdade e fraternidade. Estamos tão ocupados com uma dinâmica capitalista neo-liberalista de consumismo imediato e irreflexiva, que nos isolamos em “nossos mundos perfeitos de funcionários públicos e concurseiros”, perfeitas ilusões (para não dizer desilusões). Quem me dera poder ser livre para pensar, poder fazer escolhas minhas e não seguir apenas uma linha, plantar uma árvore e me juntar ao Green Peace (esquecendo que sou PMDB). Desde o inicio do ano o mundo (com quem não me importo muito, confesso) e esta “Terra Brasilis” sofre com tragédias naturais (algumas anunciadas), paira sobre o mundo um manto fétido de enxofre e cinzas (literalmente) que por vezes me faz temeroso, a todo instante um corpo inerte e desprovido de vida se contabiliza (como se fora apenas um dado), seja em escombros no Chile ou em nossas rodovias, a morte nos espreitas. Causa-me paura ainda maior que as catástrofes, as eleições que se aproximam em outubro, quem os pobres miseráveis* farão “eleger-se pelo sufrágio democrático” para governar o país, o estado e as nossas vidas. Contudo, uma ressalva, não quero a UNE e seus membros me defendendo, nem tão pouco baderneiros universitários que ignoram o significado de dialogo, política e argumentos sensatos da razão, que almejam apenas tornarem-se funcionários públicos. Quero os politicamente incomodados como eu, os que se manifestem com idéias possíveis, os que almejam ideais velhos e carcomidos pelo tempo (liberdade , igualdade e fraternidade). O “ser político” não se constitui em levar vantagem, desejar-se como deus, ser maquiavélico, constitui-se no servir (a exemplo do Cristo), dedicar ao menor a devida atenção, promover a igualdade e possibilitar a justiça, defender os preceitos cristãos, não desejo a utopia, libertar o intelecto pois do contrario, caminharemos a passos largos rumo a uma nova era, a uma era de trevas e obscuridade (lembre da idade media).
* Não me refiro com a expressão “pobres miseráveis”, aos indivíduos desprovidos de bens, educação ou mesmo status social, mas sim, aos que tem dinheiro e que estão no poder, as classes dominantes e pseudos intelectuais formadores de opinião, que indubitavelmente não pensaram duas vezes antes de ufanar, de forma inescrupulosa, a dignidade dos que estão sujeitos aos mandos e desmandos (eleitores), desta corja que comanda o País


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